Basta Injetar um cabo na nuca e transmitir de um computador o que você quiser aprender: uma arte marcial, um língua estrangeira, pilotar helicóptero, tudo o que é possível.
Diploma no Brasil parece dar a impressão de ser isso. Parece...
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Carregando o conhecimento
Você que já assistiu ao sucesso do cinema, lembra-se da cena. O "escolhido" Neo, depois que sai da Matrix, senta numa cadeira meio divã, onde é conectado a um computador, que injeta informações direto no seu cérebro. Em questões de segundos, aprende o que levaria décadas de estudo e treino.
Seria o fim dos colégios, de todo o corpo de ensino. O apocalipse para diretores, reitores, mestres, professores, pedagogos.
Pelo menos por enquanto, só na ficção imaginaram tecnologia que "carrega" o conhecimento para dentro de nossas cabeças em alguns segundos.
Um símbolo de conhecimento que mexe com a imaginação de muita gente
Mexeu com a minha e a sua. O sonho do canudo, do título; as fotos na formatura. Um passaporte para uma nova vida. Nem sempre o diploma vem acompanhado do saber bem gravado, do preparo necessário, mas não importa. A bata ficou "da hora" na cerimônia.
"Diplomas de Matrix" vem de longe no Brasil. O escritor Lima Barreto no início do século XX via que o povo valorizava mais o documento e título que saber efetivo, imaginando que o papel dava ao seu dono uma sabedoria enciclopédica. No livro "Triste fim de Policarpo Quaresma" o escritor mostra o pouco caso que sofre Quaresma, por ser muito estudioso porém sem formação universitária.
Tecnologia da informação cerebral é "deferente"
É claro que um papel não faz milagre, por mais que hoje ninguém "existe" sem papel. Você precisa dele pra tudo. Documento pra cá, documento pra lá. Sabemos que um diploma é para constar (ostentar talvez). O conhecimento mesmo é demonstrado em campo, botando a mão na massa, em qualquer área.
Por outro lado, na contra-mão da tecnologia fantástica de Matrix, o papel funciona melhor para a "tecnologia" do nosso cérebro. Você pode fazer o teste e comprovar. leia no papel e grave melhor que lendo em tela eletrônica.
Mais ainda: digitar não o mesmo que escrever. O professor Pierluigi Piazzi. já demonstrou isso anos atrás, como especialista que era em neurociência. Digite e grave no PC, notebook, tablet ou smartphone; escreva e grave na cabeça. Grosso modo.
Essa é a "tecnologia da informação" do nosso cérebro. Para gravar nele, só quando você está interessado, atento, emocionalmente envolvido e trabalhando, além de que precisa gozar de boa saúde e ter boas noites de sono, que é quando a "gravação" é feita. Porém, feita a conta gotas. Um pouco por dia. Vai tempo nesse negócio. Não é num toque de botão. A imagem que o professor Pier usava era "escada da inteligência".
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