Manchetes de jornais de tudo que é canto gritam "Terceira Guerra Mundial"!
Começou de fato uma guerra, mas ela começou faz bastante tempo.
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Quem conta um conto...
Passados os fogos, champanhes e votos de um feliz Ano Novo, "explode" uma bomba logo nos primeiros dias de 2020.
Pelas notícias, parece que vai acontecer (ou já aconteceu) como em 28 de junho de 1914, quando o arquiduque Francisco Ferdinando foi assassinado junto com sua esposa em Sarajevo, capital da Bósnia. Assassinato que marcou o início da Primeira Guerra.
Mas é a velha história: quem conta um conto aumenta um ponto. O que já começou foi sim uma Guerra Mundial de notícias, uma verdadeira metralhadora de informações; torpedos de mensagens alarmantes; rajadas de manchetes, imagens e vídeos "bombásticos".
Sobre o caso EUA e Irã, tem muita gente cobrindo a matéria, como você pode ver por exemplo a equipe de "Os Pingos nos Is", que é um exemplo que foge à regra de noticiar para alarmar.
O problema é um certo uso da informação que pode te deixar paranoico.
Tecnologia da informação na prática para criar confusão
Um estudo conjugado da IBM e da Universidade de Stanford demonstrou que é possível produzir artificialmente um quadro paranoico em sujeitos normais, simplesmente submetendo-os a um fluxo de informações que os deixem num leve estado de alerta contra o risco de situações humilhantes.
Esta situação me lembrou este trecho do livro Jardim das Aflições, de Olavo de Carvalho, Esta pesquisa foi feita nos anos 80.
Lembra também aquela história que deu origem ao filme Guerra dos Mundos, onde a narração no rádio causou pânico em muita gente, porque não entenderam que era ficção.
Certa vez uma amiga da minha mãe ficou com medo de ir a um bairro do Rio de Janeiro, por causa de um programa da TV, daqueles sensacionalistas, sabe? Só noticia de crime, só desgraça. Você corre o risco de não ter mais coragem de sair de casa, se levar isso muito à sério.
O que deve despertar nosso "desconfiômetro" são muitas notícias de vários lugares dizendo a mesma coisa. Esta guerra de informação, jogando um monte de informação na sua cabeça, com muito mais meios que na época da pesquisa da IBM.
Veja também: Tecnologia como instrumento ou finalidade na vida?
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